WASHINGTON DC, 28 de nov de 2013 às 12:26
A decisão do governo dos Estados Unidos, encabeçado por Barack Obama, de fechar sua embaixada na Santa Sé, e transladar os escritórios respectivos a um anexo da embaixada na Itália, "é outra manifestação da antipatia deste governo tanto pelos católicos, como pelo Vaticano, e pelos cristãos no Oriente Médio", disse o ex-embaixador desse país junto a Santa Sé, James Nicholson.
Em declarações ao site Catholic Vote, Nicholson, que foi embaixador ante a Santa Sé entre 2001 e 2005, advertiu que a embaixada no Vaticano tem uma posição estratégica "para intermediações em tantas soberanias, mas particularmente no Oriente Médio".
Fazendo referência ao momento atual, ele diz que não é um "bom momento para diminuir o tamanho desta intermediação. Diminuir o tamanho deste posto é diminuir a sua influência".
De acordo ao informado pelo Departamento de Estado dos EUA à imprensa local em 25 de novembro, a decisão de fechar a embaixada no Vaticano se deve a razões econômicas, procurando economizar 1,4 milhões de dólares ao ano.
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Entretanto, James Nicholson assegurou que "o Departamento de Estado há muito tempo queria fazer isso. Surgiu quando eu era embaixador. Expliquei-lhes a loucura disto e deixaram de lado. Mas agora parecem determinados a fazê-lo".
A percepção com esta decisão, apontou, é "que os Estados Unidos estão mostrando uma falta de apreciação pela importância do Vaticano como parceiro diplomático".
Para o Catholic Vote, a decisão do governo de Obama se deve a que "os grupos anti-familia odeiam o Vaticano. No cenário internacional, o Vaticano é um feroz promotor da liberdade religiosa, da dignidade de toda vida humana e da família tradicional. E a Santa Sé se opôs vigorosamente ao imperialismo pró-aborto promovido pelo Planned Parenthood e outros durante décadas".
Planned Parenthood, a maior companhia abortista do mundo, apoiou com 15 milhões de dólares à campanha para a reeleição de Barack Obama, e assumiu o crédito por sua vitória em novembro de 2012.